sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Indiferente



Não quero de você
nem luzes, nem luares
- nada me dês:
já não quero teu sorriso,
teu olhar ou
teu vazio.
Quero que te vás
como viestes:
de repente
sem aviso,
sem explicação.

Nada quero de você
senão que leve,
consigo,
esse beijo não trocado
essa caricia não sentida
essa minha (in)diferença.

Quero que te vás!
Pois inda há,
nos céus,
Luzes e Luares!


(Lendo "Coisas simples", de Luz, em http://luzeseluares.blogspot.com.br/2012/10/da-me-lua-tira-do-imenso-e-coloca-na.html)

Um comentário:

Anónimo disse...

Oi, Pedro!

Amei a imagem. Parecem dois braços com um coração gelado dentro deles.

Obrigada por se ter inspirado num dos meus poemas.

O que você fez, o senti, o entendi como, parcialmente, antagónico do meu.
Não precisa da luz e do luar dela, porque no céu ainda há luzes e luares.

Boa semana.
Beijo.

PS: postei, no Afetos. Se puder, passe lá. Obrigada.