quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Entre Heiddeger, Drumond e Cerqueira



Compartilho, contigo, esta lágrima doída
Que me vem com os sopros da vida
E me lança num poço sem fim.

E um nada é o que me sinto – me transmudo
E em silêncio é que me deixo – fico mudo
Mil distâncias latejam em mim.

Se acaso me chamasse Raimundo
Sairia da rima, encontraria solução;
Mas não passo de um ser-no-mundo
A clamar mil cuidados, atenção.

Mas inda tenho, da vida, estes versos pobres
Que me vêm na garganta, desatando nós;
E ainda tenho, de ti, tua compreensão,
Já que nada é de pedra entre nós.


11.10.11
Lendo “Soneto da compreensão”, de Rodolfo Pamplona Filho.

3 comentários:

Ju Marques disse...

"Mundo mundo vasto mundo
mais vasto é o meu coração"

Anónimo disse...

Olá Pedro,

Estou vendo uma frase, que diz: FAÇA UM COMENTÁRIO! Será frase imperativa?
Será que é para todos?
Há quem nunca os faça. Terão, decerto, motivo para tal atitude?
Bom fim de semana.

Abraços de luz.

Anónimo disse...

Olá Pedro,

SEU NOME É BEM MAIS LINDO, QUE RAIMUNDO.
Estamos, ambos, de alma doída, que coincidência!

Abraços de luz.